Regina Protmann – Fundadora da Congregação das Irmãs de Santa Catarina, V.M.

A Congregação das Irmãs de Santa Catarina, V. M. tem sua origem em 1571, quando a jovem Regina Protmann, com apenas 19 anos, movida pela graça de Deus, despede-se da casa paterna e, com duas companheiras, passa a residir numa casa, quase m ruínas, à Rua da Matriz, em Braunsberg, sua cidade natal – hoje Braniewo, Polônia. Aí, nesta casa, passa a viver uma vida inteiramente dedicada à oração e ao serviço aos necessitados, particularmente aos doentes e às meninas sem escola.
Após 12 anos de vida comunitária, Regina, auxiliada pelos Padres Jesuítas, elabora uma Regra de vida para a comunidade, a qual foi aprovada pelo Bispo Martinho Kromer, em 18.03.1583. Uns vinte anos mais tarde, de acordo com as necessidades e as orientações do Concílio de Trento, reformula a primeira Regra. A nova Regra recebeu aprovação pontifícia em 12.03.1602.
Além do Convento de Braniewo, Madre Regina fundou mais quatro conventos em localidades vizinhas: Orneta, em 1586; Lidzbark, em 1587 e Reszel, em 1593. Veio a falecer no dia 18.01.1613.                                                                                                                                                                                                                         Nos dois primeiros séculos após a morte da Fundadora, a Congregação quase não se expandiu. Subsistiu em meio a tempos difíceis para aquela região: guerras, saques, perseguições, carestia, epidemias e conflitos de toda sorte sucediam-se, deixando trágicas consequências. Em 1645 foi fundado mais um Convento em Krakes, na Lituânia.Também lá, as sucessivas tempestades dos séculos seguintes, até nossos dias, não conseguiram aniquilar o frágil rebento. Além do cuidado dos doentes, dos pobres e dos órfãos, as Irmãs sempre se dedicaram à formação cristã da juventude feminina. Em 1709, uma peste avassaladora caiu sobre aquela região. Várias Irmãs morreram, vítimas do cuidado aos doentes contagiados.
Por ocasião do surgimento do iluminismo e do absolutismo, as ordens religiosas, de modo geral, sofreram repressões políticas, desde o confisco de bens, proibição de admitir novos membro, até a completa supressão. As Irmãs de Santa Catarina gozaram de certa proteção por se dedicarem ao ensino. Estes conflitos causaram grande pobreza e divisão interna entre elas de modo que a Congregação quase desapareceu.
Os bispos do Ermland, de modo geral, deram apoio e proteção à Congregação através dos tempos, chegando mesmo a intervir nela, às vezes, com medidas disciplinares.
O início do século XIX viu nascer na Igreja muitas novas congregações religiosas de cunho apostólico e missionário. Nesse tempo, com o auxílio de alguns bispos e dos padres jesuítas a Congregação passou por uma verdadeira refundação e expansão, sob a liderança das superioras gerais: Rosa Schrade e Apolônia Sthurmann. As Irmãs, auxiliadas por diretores espirituais, como que redescobriram e procuraram viver de modo novo a herança espiritual deixada pela Fundadora.
Uma cidade após outra foi solicitando a colaboração das Irmãs e assim foram fundadas muitas outras casas religiosas das Irmãs de Santa Catarina, primeiramente nas proximidades da região onde foi fundada e, depois, até em outros países. Além dos serviços domésticos, dedicavam-se aos serviços das Igrejas, à educação das crianças e jovens e ao tratamento dos doentes. Para este fim, fundaram Escolas e Hospitais, exercendo forte influência cultural no desenvolvimento das localidades onde viviam e atuavam.
Em 1897, atendendo à solicitação dos frades franciscanos de Petrópolis, RJ, chegaram ao Brasil. Em 1901 foi fundada uma comunidade na Inglaterra, onde ficaram alguns anos. Em 1908 chegam a Berlin, desenvolvendo sempre os mesmos serviços assistenciais e religiosos.
Na segunda Guerra mundial, a Congregação sofreu um golpe terrível, justamente naquela região, o norte da Alemanha, onde foi fundada e estava muito florescente. Mais de 100 Irmãs foram mortas, e as outras, quase todas, tiveram que fugir. Após a Guerra, aos poucos, foram se reencontrando e se reorganizando na Alemanha ocidental.
O pequeno grupo que ficou na parte oriental também subsistiu e continuou a crescer ainda que clandestinamente, sob um regime político que tolhia a liberdade religiosa.
Redivididos os territórios, em decorrência da mesma Guerra, Braunsnberg, Cidade que foi o berço da Congregação, passa a pertencer à Polônia. A sede da Congregação, então, em 1951, se estabelece em Roma.
Em l983, uma sementinha do Carisma de Madre Regina, foi plantada em Togo, na África. Há dois anos, se tornou presente também na Bielorússia, na Rússia, em Camarões e no Bénin.  Presença da Congregação das Irmãs de Santa Catarina no mundo: Brasil, Itália, Togo, Camarôes, Benin, Filipinas, Polônia, Rússia, Alemanha, Lituânia e Bielo-Rússia.

Somos hoje, cerca de 653 Irmãs, distribuídas em cinco províncias.

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